Nascido na cidade de Tucano,
interior da Bahia, meu ingresso na Defensoria Pública se deu no ano 2000, após
batalhas intensas para nomeação e posse no cargo, realidade vivenciada por
muitos dos colegas que antecederam e sucederam meu ingresso na Defensoria
Pública da Bahia.
A percepção de que ser Defensor
Público é estar sempre disposto à mobilização em torno de lutas diversas e
preparado para lidar com os obstáculos que se colocam diante da nossa estrada
institucional veio, portanto, desde cedo.
Aprendi na Defensoria baiana,
como Defensor Público em órgão de execução nas comarcas de Jaguaquara, Itiruçu,
Apuarema e Mata de São João; como Secretário do nosso órgão de classe entre os
anos de 2003/2006; como subdefensor público geral no período de 2007/2010 e
atualmente como órgão de execução junto à terceira Vara de Família da Capital,
onde me titularizei no ano de 2006, que superar desafios é o cotidiano de quem
escolhe o lado dos oprimidos, dos socialmente vulneráveis num estado e país de
tantas desigualdades.
Estar presente em trincheiras
nacionalmente importantes, tais como aquelas que culminaram com a aprovação das
emendas constitucionais 41 e 45, da Lei Complementar 132/09 e, mais
recentemente, do PL 114/2011, permitiram-me não apenas conhecer o caminho para
o fortalecimento de instituições que compõem o sistema de justiça, mas
estabelecer as redes necessárias na transposição de avanços nacionais para os
espaços políticos estaduais.
Vitoriosa também foi a batalha
pela aprovação da nossa Lei Orgânica 26/06, cujo conteúdo representa
indispensável ponto de partida a que hoje pudéssemos falar em aprimoramento e
não mais em carência normativa da nossa Instituição. Aliado a isso, a
participação efetiva nas negociações pela dignidade remuneratória dos Defensores
Públicos baianos e o empenho incansável na nomeação dos colegas aprovados no
concurso de 2006, consolidaram a crença de que não é demérito sonhar, quando os
sonhos são construídos de forma articulada, democrática e estratégica.
A prática no exercício do cargo
de subdefensor público geral e, por via de consequência, do cargo de Defensor
Público Geral, possibilitou-me ser avaliado pelos meus pares em todos os
aspectos: nos erros e nos acertos.
Manter as portas do gabinete e o
acesso às informações à disposição de colegas, funcionários e estagiários, bem
como coordenar funções importantes da engrenagem administrativa e defensorial
fizeram-me compreender que Defensoria Pública fortalecida é aquela que consegue
consolidar projetos estratégicos permanentes, estimular Defensores Públicos e
servidores na sua vocação, possibilitando-os desenvolver suas habilidades de
forma especializada e apresentando como produto final resultados que impactem
na melhoria da qualidade de vida dos nossos assistidos. Uma Instituição não se
faz forte sem ter seu público-alvo como aliado.
É esse entendimento, as contribuições dadas ao
longo dos últimos anos, independente do exercício de cargos, tais como
propostas de atuação dos Defensores Públicos na especializada de família, cível
dentre outas dirigidas ao Conselho Superior da Defensoria Pública e as
experiências que nos levaram ao cenário de boas práticas nacionalmente
reconhecidas e reproduzidas (INNOVARE e Práticas Exitosas da ANADEP), bem como
a convicção de que posso contribuir positivamente para minha Instituição no
desempenho das atribuições atinentes ao cargo de Defensor Público Geral, para o
que apresento junto com a minha candidatura, algumas das propostas para o Plano
de Gestão (biênio 2013-2015) que com a contribuição de cada colega, servidor e
estagiário nos levarão a UM NOVO TEMPO
NA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA.
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